FOTOS DAS FASES DO TRABALHO DE PARTO
Nós sabemos que muitas futuras mamães tem curiosidade sobre os momentos durante o parto, por isso separamos diversas fotos e vídeos de parto normal, para facilitar o seu entendimento, para você tirar suas dúvidas e ficar mais segura sobre a sua escolha.
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PRÓDROMOS
Você já ouviu falar na história de alguma gestante que foi diversas vezes ao hospital e que a equipe de assistência sempre mandava ela de volta para casa pois ainda não era trabalho de parto?
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Antes de tudo, possivelmente essa mulher estava em PRÓDROMOS; o famoso ALARME FALSO.
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Os pródromos são marcados por contrações, muitas vezes dolorosas, irregulares e que entram e saem do ritmo. É um ensaio para o trabalho de parto, podendo durar horas, dias e até semanas.
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A mulher pode sentir peso na região do períneo e uma sensação parecida com cólicas menstruais. (aquela sensação que vai menstruar a qualquer momento)
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Desde já, os pródromos podem levar a alterações no colo do útero sendo comum, por exemplo, a saída do tampão mucoso. É comum também episódios de diarreia e uma vontade de arrumar a casa para a chegada do bebê.
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Muitas gestantes por não entenderem o processo de parto e as fases pelas quais elas vão passar ficam assustadas e com medo de estarem causando algum sofrimento ao bebê ou do parto estar prolongado demais. POR ISSO A INFORMAÇÃO É TÃO IMPORTANTE!!!
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Apesar disso, contrações de pródromos não significam trabalho de parto; mesmo que essa fase já cause algum desconforto precisamos de contrações efetivas e ritmadas para o bebê nascer. Precisamos aprender a esperar.
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Então, se estiver com pródromos procure se distrair, tome um banho morno e espere, em casa, seu trabalho de parto começar.
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FASE LATENTE
Antecipadamente, essa costuma ser a fase mais longa do trabalho de parto. E a mulher e seu acompanhante precisam saber esperar.
LEMBRE-SE: Dor não é sinal que exista algo errado. Por isso, mesmo que a mulher esteja a horas com contrações, enquanto não tiver ritmo certo, o bebê não vai nascer.
Na fase latente, as contrações começam a ficar mais regulares porém ainda são espaçadas e curtas (duram entre 30 a 45 segundos). Pense em ondas no mar. Você irá começar a perceber claramente a onda vindo, ficando maior e indo embora.
Nesse sentido, vez ou outra virá uma onda mais forte que te assusta. Mas elas ainda não estão vindo todas na mesma intensidade e costumam passar rapidamente e sem muitos sustos. Enquanto a mulher estiver assim, ela estará na fase latente.
Ao mesmo tempo, não espere que aqui ocorra uma dilatação importante. A maior mudança que ocorre na fase latente é a preparação do colo do útero para a próxima etapa. O colo vai amolecer, apagar e mudar de posição, e isso também é importante.
Como as contrações ainda são curtas e espaçadas, a mulher fica bem nessa fase e consegue conversar e fazer outras atividades após a dor ir embora. Mesmo no pico da dor a mulheres mantém mais tranquila. Pode começar a surgir um desconforto maior no quadril e uma bolsa quente pode ajudar a aliviar.
Portanto, ainda não é momento de se exercitar. Procure descansar, se distrair e fazer coisas que te dê prazer. Aprenda a esperar.
Falamos que o trabalho de parto realmente engrenou, quando a mulher chega na fase ativa.
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FASE ATIVA
Nessa fase, as contrações são ritmadas e fortes o suficientes para promover uma dilatação mais rápida do colo uterino.
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Como um padrão de referência, dizemos que nessa fase a mulher precisa ter: três contrações num tempo de 10 minutos. Além disso, cada uma das contrações precisa durar de 45 a 60 segundos. Se tiver tudo bem com sua gestação: aguarde esse ritmo chegar. Isso é muito importante para evitar uma ida precoce para o hospital.
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Com a chegada de contrações mais intensas, a dor aumenta mais e instintivamente a mulher vai sentindo vontade de ficar mais quieta, respirar, tomar um banho quente ou fazer uso de algum outro recurso de alívio de dor.
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É comum que a mulher comece a gemer e não consiga mais falar no intervalo entre as contrações. Faz parte do processo. As contrações exigem da mulher uma maior concentração nesse momento e o apoio profissional começa a se fazer necessário.
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Essa é a hora de ideal de incentivar posturas e exercícios específicos que são grandes aliados tanto na evolução do parto quanto na diminuição da percepção da dor pela mulher.
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Chegou até aqui? As contrações mantém ritmo, frequência e duram o tempo necessário? Agora sim é hora de procurar a maternidade.
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FASE DE TRANSIÇÃO
Ahhhh, transição… que difícil que você é.
Esse é o período entre o fim da fase ativa e o início do expulsivo. Ou seja, estamos chegando perto do fim. A dilatação já está em cerca de 7 cm e um sangue vermelho vivo pode começar a sair (adoramos esse sanguinho).
As contrações ocorrem cada vez mais perto uma da outra e já duram mais de 1 minuto (é preciso que as contrações venham mais fortes para permitir a descida do bebê pela pelve). A mulher tem a sensação, cada vez maior, da pelve se abrindo e do bebê descendo e pressionando a região do sacro.
Como as contrações estão muito perto uma da outra é comum que a mulher relate não haver mais intervalo. Isso dá uma sensação grande de fraqueza, exaustão e medo de não dar conta do que está por vir.
Muitas nessa fase, chamam a mãe, pedem arrego, anestesia, cesárea e até mesmo pedem para ir para casa. Costumamos falar que é a hora da covardia. Não que a mulher seja covarde ao solicitar um desses recursos, mas porque a dor é tão intensa que a mulher realmente pensa em desistir de tudo. É algo que acontece com quase todas as mulheres. Mas acredite, estamos perto do fim.
Por ser tão intenso, esse é o momento em que a mulher mais precisa de apoio e encorajamento. O acompanhante e a equipe de assistência precisam estar juntos para encorajar, oferecer palavras de apoio e incentivo e uso de recursos de alívio de dor. A banheira é uma ótima opção para essa hora.
Cabe ressaltar, que o acompanhante pode se assustar ao vivenciar tudo isso. Por isso, a informação é o melhor caminho. Estude… Saiba previamente que isso faz parte do processo. Tenha opções de recursos para utilizar nesse momento. Tenha, se possível, acompanhamento profissional.
O desconhecido torna-se temido sem conhecimento. Perca o medo. Informe-se.
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EXPULSIVO
O período expulsivo marca efetivamente o nascimento do bebê. É considerado pela maioria das mulheres o período mais tranquilo do parto.
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Nele, as contrações se tornam mais espaçadas e as dores de cólica vão dando lugar a uma vontade incontrolável de empurrar, seguida de uma pressão cada vez maior na região da vagina e ânus.
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A cada nova força o bebê vai descendo e se adaptando a pelve da mãe. É comum a saída de urina e fezes nesse momento.
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Quando o topo da cabeça do bebê começa a aparecer na vagina, dizemos que ele coroou. Nesse momento a mulher sente uma ardência grande na região vaginal, conhecida como círculo de fogo.
A cada nova contração o bebê tende a descer um pouco mais, fazendo movimentos de vai e vem no canal vaginal, o que funciona como uma massagem para a musculatura perineal.
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Para aliviar a dor nesse momento, concentre em relaxar bem a região. Busque também a postura mais confortável para ter seu bebê.⠀
Realizar a fisioterapia pélvica, durante a gestação, ajuda a entender o que irá acontecer nessa fase. É possível trabalhar o alongamento e fortalecimento do músculo perineal, bem como treinar as posições e as respirações que poderão ser aliadas nesse momento.
Assista a este vídeo de parto normal que relata a fase expulsiva:
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DEQUITAÇÃO – SAÍDA DA PLACENTA
A saída da placenta contempla a última fase do trabalho de parto.
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Só falamos que o parto acabou após a sua saída.
A sua saída está relacionada a perda da sua função. Quando o bebê nasce, ele começa a respirar e a placenta vai deixando de ser importante. Dessa forma, por ação forte dos hormônios do parto, ela se desprende da parede uterina.
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A mulher sente nessa fase algumas contrações semelhantes as do início do trabalho de parto. E pode sentir uma leve vontade de empurrar quando a placenta estiver no canal vaginal.
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A saída da placenta é acompanhada da liberação de uma maior quantidade de sangue e a mulher irá sentir algo mole e quente saindo pela sua vagina.
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A placenta pode demorar cerca de 40 minutos para sair. Após esse tempo, a equipe realiza alguns procedimentos para tentar favorecer a sua saída. Não pode simplesmente puxar a placenta, pois ela precisa sair completa (restos de placenta podem levar à infecção).
Caso ela não se desprenda, mesmo com os procedimentos realizados, a mulher precisará passar por uma curetagem.
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Após a saída da placenta, cabe a equipe avaliar a região vaginal para detectar a presença de lacerações, e realizar as devidas suturas, caso seja necessário.
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À mulher, cabe curtir o seu bebê e realizar a sua tão esperada hora ouro.
Parto Normal pode virar uma Cesárea?
A resposta é simples, sim!
Parto Normal é uma caixinha de surpresa e mesmo que você tenha se preparado, estudado, feito exercícios, ele pode sim virar uma cesárea. Ahh, então acho que nem vale a pena tentar o parto normal então! Será?
O trabalho de parto traz diversos benefícios para mãe e bebê, a descarga hormonal irá ajudar na descida do leite, o bebê nascer mais ativo, o pulmão do bebê mais preparado para o nascimento, e muitos outros benefícios.
Vídeo Editado por @carolarnonefotografia
Esse é um dos motivos que falamos que #informaçãogeraconfiança, pois você saberá de onde vai partir – DESEJO DO PARTO NORMAL ou PARTO NATURAL para tudo o que pode acontecer nesse caminho, fazer um plano de parto que abrange a realização do seu desejo com a possibilidade de intervenções e de até uma cesárea, te deixará mais segura e confiante se a mesma tiver que acontecer.
Por isso estude todas as possibilidades!