Cerca de 7% das grávidas brasileiras desenvolvem diabetes na gestação, de acordo com o Ministério da Saúde. O Dr. José Bento explica como surge a doença e fala sobre prevenção e tratamento.
O período da gravidez é extremamente impactante na vida da mulher e a mudança pode ser ainda maior quando se descobre algo como a diabetes gestacional. No Brasil, o problema atinge aproximadamente 7% das gestantes, segundo dados do Ministério da Saúde. O ginecologista e obstetra dos hospitais São Luiz e Albert Einstein, Dr. José Bento, esclarece as principais dúvidas das mulheres em oito perguntas sobre essa doença.
1. É comum mulheres grávidas apresentarem diabetes durante a gestação?
Dr. José Bento: Casos de diabetes durante a gravidez não são comuns, mas é imprescindível que o médico e a gestante fiquem atentos com relação aos sintomas, que são silenciosos e fáceis de ser confundidos com os sintomas da própria gravidez.
2. Quais são os sintomas da diabetes gestacional?
Dr. José Bento: Os sintomas do diabetes gestacional se confundem com sinais característicos da gravidez, como aumento de apetite, fraqueza, vômitos frequentes, náuseas, infecções por fungos, visão turva e maior quantidade de urina, o que dificulta a percepção das mulheres e do próprio médico de que algo não está bem. Outro fator preocupante é a perda de peso mesmo quando a mulher se alimenta de forma errada e excessiva. Por isso, é preciso ficar atenta e fazer o exame de glicemia de jejum, que deve ser realizado no início da gravidez. Se o resultado desse exame for maior do que 86, é preciso acompanhar o aspecto glicêmico mais de perto durante a gestação.
3. Como o diabetes se desenvolve no organismo da gestante?
Dr. José Bento: Durante a gravidez, o organismo feminino se depara com uma condição especial: a placenta produz uma substância que interfere na ação da insulina, o hormônio responsável pela colocação da glicose dentro das células de nosso organismo. Em condições normais, o organismo da gestante passa a produzir mais insulina para dar conta do excesso de açúcar que vai acumulando no sangue. No caso das mulheres que apresentam diabetes gestacional, a quantidade de glicose no sangue é maior que o normal e atravessa a placenta.
4. Como prevenir o diabetes gestacional?
Dr. José Bento: Para a prevenção do diabetes durante a gravidez, é importante que atividades físicas sejam incluídas na rotina da gestante, sempre sob a supervisão do médico. A prática de exercícios físicos é importante, pois colabora para a redução dos níveis de glicemia no sangue e melhora a ação da insulina. Além disso, a diminuição da ingestão de doces e carboidratos ajuda na prevenção da doença.
5. Após o diagnóstico positivo da doença, quais os cuidados que a mãe deve tomar para manter a doença sob controle?
Dr. José Bento: O primeiro passo para o controle da doença é aderir a uma dieta restritiva, ou seja, sem nenhum tipo de doce, açúcar e diminuição de carboidratos, sem esquecer de manter sempre uma vida ativa. O segundo passo, para auxiliar a mulher a controlar o diabetes gestacional com segurança e precisão, é essencial: a monitorização da glicose no sangue. Nesse contexto, fazer o monitoramento corretamente é fundamental para manter o equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue e para garantir a saúde da mãe e do bebê. Em último caso, se a taxa de glicose não diminuir, é preciso fazer aplicações de insulina durante a gestação.
6. Existem consequências para o bebê? Ele corre o risco de nascer diabético?
Dr. José Bento: No caso de gestantes que são diagnosticadas com diabetes, os bebês acabam apresentando um peso maior que o comum e MESMO ASSIM são mais fracos que os demais. Consequentemente, na hora do parto, a criança tem dificuldade de sair do útero da mãe, por ser maior do que normal. Além disso, normalmente eles têm problemas respiratórios, apresentam excesso de insulina e hipoglicemia. Por esses motivos, são mais propensos a serem diagnosticados com diabetes tipo 2 no futuro.
7. Há algum fator que aumente o risco de a mulher desenvolver o diabetes gestacional?
Dr. José Bento: Os principais fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes gestacional são: obesidade, casos da doença em família, partos anteriores de bebês com mais de 4 quilos e histórico de abortos espontâneos ou morte fetal sem explicação.
8. É possível a mulher deixar de ser portadora do diabetes após a gestação?
Dr. José Bento: Normalmente, o diabetes gestacional desaparece logo depois do parto, mas até 40% das mulheres que passaram pelo problema desenvolverão diabetes tipo 2 num prazo de 10 anos. Caso fique grávida novamente, é muito provável que ela apresente o diagnóstico de diabetes novamente.
Perfil-A divisão de Diabetes Care, da Bayer HealthCare, está presente em 100 países e tem longa tradição de mais de 65 anos em inovação na área de cuidados com o diabetes desde o lançamento dos tabletes reagentes CLINITEST, em 1941.
Os rumos dos cuidados com o diabetes mudaram em 1969, quando o primeiro monitor de glicemia portátil e as tiras reagentes surgiram. A Bayer HealthCare inovou o gerenciamento do diabetes sendo a primeira empresa a lançar uma linha de monitores de glicemia com a tecnologia No CodingTM (Já Codificado). Os sistemas de monitoramento de glicemia BREEZE® 2 e CONTOUR TS® são uma excelente opção para os diabéticos.
Fonte: Portal Fator Brasil
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Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.
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