Uma cesariana não é 100% segura. É uma cirurgia de médio a grande porte e como tal, têm seus riscos e deve ser realizada somente em caso de real necessidade.
Quais as vantagens da cesárea? A grande vantagem da cesárea ocorre quando existe risco de vida materno ou fetal, pois, ela pode salvar a vida de mãe e/ou filho. Muitas vezes, porém, a cesárea é escolhida por conta de algumas conveniências que sua realização com hora marcada pode proporcionar: como agendar a data do parto de acordo com as necessidades do médico e/ou dos pais; transformar o momento do nascimento em algo previsível; isentar a mãe da responsabilidade de parir; evitar a dor do trabalho de parto, etc. Estas conveniências, que podem parecer vantagens dentro da realidade de alguns médicos e gestantes, necessitam antes passar por uma análise mais profunda. É bom informar-se adequadamente sobre os riscos físicos e emocionais que a mãe e o bebê correm quando se realiza uma cesárea desnecessária.
Quais as desvantagens da cesárea quando ela NÃO é necessária? Para a mãe: · Aumento do risco de morbi-mortalidade (infecção, hemorragia, anemias, trombose, morte materna)
· A recuperação pode ser bem mais demorada e dolorida do que a do parto normal. · Atrapalhar o estabelecimento do vínculo com o bebê e a amamentação. · Transforma o parto num evento patológico. · Promove na mulher a experiência de passividade e impotência, de ser um personagem secundário no nascimento de seu filho, privando-a de um momento que pode ser de profunda e enaltecedora transformação Para o bebê: · Aumento dos riscos de morbidade-mortalidade, sobretudo no que se refere à maturidade pulmonar.
· Maior risco de bronco-aspiração das secreções no momento da retirada do bebê do útero. Lembrar que a passagem pelo canal do parto comprime o tórax do bebê e auxilia na “drenagem” das secreções da via aérea superior. · O bebê é retirado do útero, não nasce, é assim privado da experiência ativa de protagonismo. · Ele não está pronto para nascer, não recebeu as informações de que é hora de nascer, portanto seu nascimento é um ato de violência. · Carregará consigo a experiência de passividade e de ser objeto da ação alheia. É verdade que com a cesárea não se sente dor? Não, a cesárea causa dor na região do corte, dor ao se movimentar, o intestino fica com o transito lento, por isso os gases não conseguem ser eliminados, o que provoca sensação de estufamento e dor tipo de cólica. Além disso, ao tossir ou espirrar as mulheres têm a sensação de que os pontos vão “arrebentar”, por este motivo os médicos recomendam o uso de cinta pós-parto.
Quando a mulher pode voltar a se movimentar normalmente após uma cesárea? No primeiro mês pós-cirúrgico se deve evitar fazer movimentos que exijam força na região abdominal, depois disso é possível reiniciar os movimentos progressivamente. Três meses após a cesárea a mulher poderá fazer tudo o que se fazia antes da cirurgia, abaixar e levantar sem problemas e fazer ginástica se desejar. Se ainda houver vermelhidão, o ideal é ver como está, mas se somente a incisão estiver vermelha e não ao redor (como numa inflamação), isto pode fazer parte do processo de cicatrização. Se ainda houver dor, isto pode acontecer, afinal de contas é uma cirurgia, e poderá doer por uns tempos. Se você perceber que o esforço físico piora essa dor é melhor respeitar, e diminuir a intensidade.
Quais são as possíveis complicações da cesárea? Os riscos estão relacionados ao procedimento invasivo: · Infecção (dos tecidos/órgãos/estruturas e demais sistemas orgânicos). · Hemorragias (é importante lembrar que nas cesáreas programadas o útero estará preparado para fazer a contenção do sangramento por ocasião da secção das fibras musculares uterinas). · Lesões de estruturas adjacentes (bexiga é a mais comum). · Constipação intestinal/prisão de ventre => maior desconforto na movimentação. · Maior risco de trombose venosa profunda nos membros inferiores devido à descompressão brusca dos vasos sanguíneos pélvicos e imobilidade prolongada => formação de trombos e entupimento dos vasos sanguíneos. · Comprometimento do bom prognóstico dos próximos partos. Por: ONG Amigas do Parto
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Plágio é crime e está previsto no artigo 184 do Código Penal.
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